
De ver vir, muito se espera
em incertezas a alma oblitera
como o tac que precede o tic
aquilo que não se viu nos encarcera
o amanhã, quando se torna hoje, coopera
como preceptor para a mente que ansiosa se desespera
precisando a incapacidade severa
da alma que do presente não considera
senil e cansado aquele que encadeado
pelo que ainda não foi, esmera
de si mesmo e da paz do agora, vitupera
em sua ânsia contra o destino se empodera,
o tempo, em suas infinitas variáveis,
incólume impera